domingo, 8 de março de 2009

Quem quer ser um milionário?


ING, 2008
Título original: Slumdog Millionaire
Drama - 120 min
Direção: Danny Boyle

Sinopse: Jamal K. Malik é um jovem que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing. Sua infância foi difícil, tendo que fugir da miséria e violência para conseguir chegar ao emprego atual. Um dia ele se inscreve no popular programa de TV "Quem Quer Ser um Milionário?". Inicialmente desacreditado, ele encontra em fatos de sua vida as respostas das perguntas feitas.

Qual a receita para um filme de sucesso? Bons atores, equipe técnica competente, orçamento grandioso e efeitos especiais são alguns dos ingredientes que, certamente, muitos críticos e adoradores de cinema apontam como essenciais. Para mim, o que faz um filme ser inesquecível é a sensibilidade e a criatividade em que a história é contada. Quem quer ser um milionário? surpreende por reunir componentes que o marcam pela qualidade técnica e, principalmente pela simplicidade.


Com um orçamento modesto (US$15 milhões), o longa atraiu todas as atenções do mundo cinematográfico após faturar mais de 60 prêmios, incluindo as 8 estatuetas do Oscar. A produção anglo-indiana, dirigida pelo diretor Danny Boyle (A Praia, Transpotting), é baseada em um roteiro adpatado do livro Q&A (2006), escrito pelo indiano Vikas Swarup e estrelado por atores ingleses e indianos desconhecidos do grande público.

Os bons investimentos não param por ai. A trilha sonora marcante e original é, sem dúvida, o melhor dos acertos do filme. A mistura de músicas típicas indianas com elementos eletrônicos modernos transportam o espectador para o mundo do narrador Jamal, menino pobre das favelas indianas, o slumdog do título original (termo que pode ser traduzido para o português como "favelado").

Todos adoram comparações. Então, aí vai uma: Quem quer ser um milionário? tem elementos que lembram o brasileiro Cidade de Deus. Aliás, Boyle declarou apreciar o trabalho do cineasta Fernando Meirelles. Serão as semelhanças apenas coincidências?

Boas histórias não precisam ser maquiadas com efeitos especiais mirabolantes ou reviravoltas complicadas. Boas histórias precisam ser bem contadas. Neste quesito, Quem quer ser um milionário? está bem servido: os ingredientes para um bom filme estão na medida certa.

Xenda Amici

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamim Button


EUA, 2008
Título original: The Curious Case of Benjamin Button
Drama - 166 min
Direção: David Fincher

Sinopse
Um bebê nasce com a aparência e doenças de uma pessoa em torno dos 80 anos. À medida que envelhece em idade, seu corpo rejuvenesce. Dirigido por David Fincher (Zodíaco) e com Brad Pitt, Cate Blanchett, Julia Ormond, Tilda Swinton e Elias Koteas no elenco. Recebeu 13 indicações ao Oscar.

Quinze anos após o mundo conhecer a história de um homem com QI baixo que se torna herói nacional, conhecemos a vida de um outro homem que nasce velho e vai rejuvenescendo até sua morte. Aparentemente, as duas histórias pouco têm um comum. Mas, a forma como as duas são contadas apresentam inúmeras semelhanças. Contudo, nada é coincidência. O Curioso Caso de Benjamin Button, dirigido pelo ótimo David Fincher (Se7en e Clube da Luta), é uma adaptação de um conto homônimo escrito no início do século XX. O roteiro foi escrito por Eric Roth, mesmo roteirista do premiado Forest Gump – O Contador de Histórias.

Nem o roteiro – que segue o mesmo caminho de Forest Gump – nem o estilo de narração adotado – a história é contada a partir da leitura de um velho diário – atrapalham o sucesso do filme. O modelo clichê conquista o espectador e o deixa entretido nas quase três horas de filme – que não me incomodaram nem um pouco. Em umas críticas que li, as maiores reclamações sobre este longa eram os 30 minutos finais. Li em muitos artigos que estes minutos eram desnecessários e cansativos. Mais um vez, isso não me incomodou nem pouco. Ao contrário de muitos filmes que são perfeitos até ter um desfeixo decepcionamente, O Curioso Caso acaba em seu tempo certo.


A história emociona e faz refletir sobre a vida e a morte. É para sair do cinema pensando em amores e perdas. Mas não nos sentimos forçados a abrir o berreiro no meio da sala. O filme apresenta essas questões de forma natural, inocente e, por vezes, engraçada, sob o olhar de um menino com carcaça de velho, e um senhor com pinta de garotão.

Os efeitos visuais e as atuações estão ótimas. A fotografia e a edição merecem destaque. O roteiro foi feito com uma receita que já fez sucesso. A direção é meticulosa e, como sempre, inovadora. Brad Pitt prova – pela milionésima vez – que é um grande ator. A fantasia dá um toque surreal à realidade. Simples e emocionante.

Xenda Amici

O vídeo abaixo compara os filmes Forest Gump e Benjamin Button. Vale a pena conferir.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Marley & Eu



EUA, 2008
Título original: Marley & Me
Comédia - 120 min
Direção: David Frankel

Sinopse
Indeciso sobre ser pai, um homem aceita a sugestão de um amigo e adota um pequeno cachorro, que logo cresce bem mais do que o esperado. Com Owen Wilson, Jennifer Aniston, Alan Arkin e Kathleen Turner.

Cada vez mais admiro o trabalho de diretores que trascrevem nas telas as cenas que nascem em nossas cabeças quando lemos boas histórias. David Frankel, diretor de Marley & Eu - adaptação do best-seller homônimo de John Grogan -, entrou para essa minha lista (ao lado de Stanley Kubrick e Sean Penn). Frankel há havia mostrado sua competência em O Diabo Veste Prada, outra adaptação que fez sucesso nas telas.

Vamos ao filme: A história é narrada de forma suave e linear. Em nenhum momento é massante e repetitiva (como em alguns filmes em que o diretor se preocupa em usar o livro como roteiro final, sem fazer muitas alterações).


Os donos do cativante cão Marley, interpretados por Owen Wilson (John Grogan) e Jennifer Anniston (Jenny Grogan) funcionam bem em cena e divertem o expectador. Os personagens que não estão no livro - como o editor do jornal em que John trabalha, interpretado pelo veterano Alan Arkin (o vô doidão de Pequena Miss Sunshine), e o amigo bonitão de John (Eric Dane) dão suporte à história e completaram o elenco de apoio.

Aliás, o protagonista da história - o amigável labrador Marley -, reina diante seus parceiros humanos. O cão que o interpretou um sua fase final é, certamente, melhor ator que muita gente que faz novela na Globo.

O filme faz rir, chorar e pensar sobre o real sentido da palavra família. Entretenimento para todas as idades, Marley & Eu merece as milhares de pessoas que lotaram as salas de cinema desde sua estreia.

Xenda Amici

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

FELIZ 2009!!!

Depois de alguns meses sem postar nada...
Estaremos de volta, prometendo um blog, muito mais atualizado, deixando assim a nossa marca e nossa opinião na 7º arte.

Rubens de Farias & Xenda Amici

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas



EUA, 2008
Título original: The Dark Knight
Aventura - 142 min
Direção: Christopher Nolan

Sinopse
Após dois anos desde o surgimento do Batman (Christian Bale), os criminosos de Gotham City têm muito o que temer. Com a ajuda do tenente James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Batman luta contra o crime organizado. Acuados com o combate, os chefes do crime aceitam a proposta feita pelo Coringa (Heath Ledger) e o contratam para combater o Homem-Morcego.

A fatídica morte de um ator do elenco meses antes da estréia do filme e uma campanha de marketing viral, que incluiu banners, com frases ditas pelos personagens da trama, espalhados pelas ruas dos EUA, fez com que Batman – O Cavaleiro das Trevas, faturasse mais de US$ 200 milhões no primeiro final de semana de exibição, e batesse o recorde de Homem-Aranha 3 (US$ 151 milhões).

A segunda sequência sob direção de Christopher Nolan (Amnésia, O Grande Truque) traz poucas referências a Batman Begins, já que este se encarrega de contar como o playboy Brune Wayne se tornou o justiceiro mascarado, protetor de Gothan City.

Ok! Vamos ao que interessa: Tamanho sucesso e popularidade do longa pode ser resumido em uma palavra: Coringa. Quem assistiu ao filme, com certeza tem arrepios só de ouvir falar este nome (ou ficou completamente hipnotizado e encantado pela maluquice fundamentada do personagem, como foi o meu caso).



Confesso que vi o filme duas vezes para assimilar melhor os detalhes da trama. Meu amor pelo Coringa de Heath Leager foi à primeira vista, mas fui conhecendo sua essência aos poucos. A anarquia e o sadismo do vilão casaram perfeitamente com os trejeitos, tom de voz e maquiagem escolhidos pelo ator, que pôde provar a todos, em seu último trabalho completo, sua genialidade.

Após a primeira aparição de Coringa, é inevitável conter a ansiedade de vê-lo novamente. As cenas em que ele não aparece são cheias de falatórios cansativos, como os travados entre o promotor candidato a herói, Harvey Dent (Aaron Eckhart) e o tenente James Gordon (Gary Oldman). Os veteranos Morgan Freeman, que interpreta Lucius Foz e Michael Caine, como o fiél mordomo Alfred, repetem os papéis vividos em Batman Begins e dispensam comentários.

E o Batman? Ah, o Batman está com um sério problema na garganta, que não sara até o fim do filme (sua voz exageradamente grave chega a irritar em alguns momentos). Christian Bale é um bom intérprete para o papel (é difícil fugir do estereótipo “playboy bonitão que quer salvar o mundo”.

Um outro problema do Batman é com as mocinhas de seus filmes. A sem-gracinha Katie Holmes interpretou a namoradinha do Homem-morcego em Batman Begins. Alegando agenda lotada, foi subtituída por Maggie Gyllenhall (nada contra a moça, só acho que ela não é apropriada para o papel).

Batman – O Cavaleiro das Trevas tem cenas de explosões e lutas para nenhum aficionado em adaptações de histórias em quadrinho botar defeito.

Why so serius?


Xenda Amici

Curtas


Musical Hairspray terá continuação

O filme Hairspray - Em Busca da Fama, adaptado do musical homônimo da Boradway, em reve ganhará uma sequência. A New Line Cinema contratou John Waters, criador do filme original, para escrever o tratamento de uma continuação.

Por enquanto, estão confirmados o diretor Adam Shankman, os produtores Craig Zadan e Neil Meron e os compositores Marc Shaiman e Scott Williams, que escreverão canções inéditas para o novo filme.

Já o elenco original ainda não está confirmado, pois o contrato de nenhum dos atores previa uma possível continuação. A intenção da Warner Bros é lançar o novo filme no verão de 2010.

Fonte: Variety


Brian de Palma tem novo projeto em vista

O veterano diretor Brian De Palma pretende rodar um longa-metragem sobre o assassinato de 13 mulheres em Massachussetts, entre 1962 e 1964, cujo autor ficou conhecido como o Estrangulador de Boston.

Na época os crimes foram atribuídos a Albert Henry DeSalvo, mas uma série de exames de DNA levantou a possibilidade de sua inocência. Ainda não há atores ligados ao projeto, nem previsão para o início de suas filmagens.

Fonte: O Globo


Segurando as Pontas estréia em outubro no Brasil

Um maconheiro certinho (Seth Rogen) e o seu chapado fornecedor (James Franco) presenciam um homicídio e terminam enrolados com uma gangue de traficantes. Essa é a história da comédia Pineapple Express – traduzida para o português como Segurando as Pontas, que tem previsão de chegar em outubro nos cinemas brasileiros.

A comédia é produzida por Judd Apatow (O Virgem de 40 anos, Ligeiramente Grávidos) e tem direção de David Gordon Green (Prova de amor, Contracorrente), estreante em comédias.

Texto adaptado do site www.omelete.com.br

terça-feira, 22 de julho de 2008

WALL-E


Wall – E

Título Original: Wall-E
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Direção: Andrew Stanton

Sinopse:
Cerca de 700 anos no futuro, a Terra está infestada por poluentes. Por isso, os humanos vivem numa nave que percorre a atmosfera do planeta. Um robô que vive na Terra coletando lixo se apaixona por uma máquina que está na companhia dos humanos, no espaço. Assim, ele sai numa jornada para se juntar a ela.

Como não poderia ser diferente das outras animações da Pixar (Os Incríveis, Procurando Nemo etc.), a inovação e criatividade estão presentes neste encantador filme que retrata o amor e a natureza de uma forma tão simples que não precisa nem de diálogos.

O que acontece em Wall-E é difícil de explicar: o filme, de extremo bom gosto, coloca esta animação como uma das melhores do estúdio. A “fofura” e o encanto nos toma em grandes proporções e nos fazem sentir como crianças ao viajar junto com o encantador personagem. Solitário, Wall-E tem a companhia de uma baratinha simpática -que é quase um cachorrinho de estimação - e dos filmes nostálgicos em ele descobre o que são sentimentos. Chega a dar dó da solidão do pobre robozinho que coleciona objetos dos humanos.

O filme passa quase uma hora sem falas, somente com ruídos do robozinho, que faz até os mais durões se dobrarem com seu amor pela robô Eva, uma robô mandada pelos humanos para Terra para encontrar alguma forma de vida, no planeta que está devastado. Eva é a típica mulher durona, que faz lembrar as personagens de Angelina Jolie. Os dois vivem um romance quase infantil e mágico na primeira parte do longa.

Na segunda parte, o filme ganha um novo ritmo de aventura, em que eles têm que proteger uma planta, para assim os humanos voltarem a sua casa. Humanos obesos, e persuadidos pela comodidade de não fazer absolutamente nada.



Wall- E é na medida certa. A Pixar apresenta sempre uma temática infantil para adultos, uma fórmula que faz com que ela seja o melhor estúdio do gênero. A historia de amor e de consciência ecológica faz com que Wall-E seja um filme para se levar a sério, e não ser tratado como apenas uma animação para crianças. Wall-E é uma obra- prima e é quase o 2001- Uma Odisséia no Espaço em versão “fofa” e animada. Destaque também para a trilha sonora original, que tem um toque de Brasil.

Rubens de Farias