quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

JUNO (2008)


JUNO(2007)

direção: Jason Reitman

98 minutos
gênero: Comédia/Drama

Distribuidora: Paris Filmes

Sinopse: Uma adolescente decide ter o bebê que espera e dá-lo a um casal que tenha condições de criá-lo, já que não se considera em condições de ser uma boa mãe.


Não só de drama vive a sétima arte, não só de hístorias banais e blockbusters se resume o entertenimento.
Juno é uma menina, na qual, podemos dizer que já conhecemos ou ouvimos falar, uma menina que no auge de seus 16 anos acaba engravidando de um amigo nerd, estas coisas que parecem fatos de episódios de "Você Decide" é a doce formula de Juno.
É com uma sutileza sem igual que a estreante em roteiros: Diablo Cody mostra os dramas e as aventuras de uma menina que sofre de uma crise de personalidade, de uma maneira apaixonante e carismática, que acaba nos fazendo ficar apaixonados por aquela menina que mesmo querendo dar seu filho apelidado de "coisa" se torna uma menina adoravel.Com a direção Jason Reitman que dirigiu o bom "Obrigado por Fumar", o filme mescla as medidas certas para assim não se transformar em um "melô drama" ou um filme de comédia sem fundamento( entre tantos outros) o filme tem sua medida e tempo certo, no qual os acontecimentos vão acontecendo sem pressa, não atropelando assim a hístoria.
Dentro de uma hístoria fascinante existe uma atriz fascinante, Ellen Page já deu mostra que é uma das maiores promessas dessa geração, uma prova disso foi o ótimo "Menina Má.com" sua interpretação madura é um grande prêmio ao filme, a alma de Juno está completamente na pele de Ellen,que merecidamente está este ano como uma das indicadas ao Oscar, além de Ellen Page, Jennifer Garner tem momentos bons no filme como uma mulher rica e infeliz que quer a "coisa", quer dizer, o filho de Juno, Garner mostra que não é só de porradas que entende mais sim de interpretações sólidas. Os coadjuvantes do filme são tão carismaticos quanto Ellen, eles dão o suporte suficiênte para que a grande estrela de Ellen brilhe.

O filme é um dos melhores desta safra de 2007/2008, lembra em certos momentos o humor sutíl de Pequena Miss Sunshine. Se ganhará algum Oscar? Provalvelmente de roteiro.

Juno vale cada centavo do ingresso!


Indicado a 4 Oscar

-Melhor Filme

-Melhor Diretor

-Melhor Atriz (Ellen Page)

-Melhor Roteiro Original



Rubens de Farias

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Conduta de Risco (Michael Clayton)

Direção: Tony Gilroy

Elenco: George Clooney, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Sydney Pollack, Pamela Gray

Título Original: Michael Clayton

Gênero: Policial/Suspense/Drama


Sinopse: Após um fracassado negócio, uma crescente dívida no banco e um complicado divórcio, Michael Clayton (George Clooney) esta com sua vida pessoal completamente abalada, e também tem que encarar o fato de que se tornou aquilo que sempre desprezou: Michael é um advogado especialista em limpar as sujeiras de seus poderosos clientes. Quando um novo processo multimilionário surge, ele mais uma vez terá que acobertar a verdade para garantir os interesses dos outros. Em apenas 4 dias, que ele verá na sua frente a sua última chande de lutar pela verdade, mesmo que isso signifique colocar a sua vida em risco.


George Clooney, ganhou o Oscar em 2005, pelo seu personagem em Syriana, no qual era um homem duplo que até os momentos finais ficamos na dúvida que lado ele joga, isso se repete em Conduta de Rico,Clooney desta vez está na pele de Michael Clayton um homem que é um faxineiro em meio a toda podridão dos bastidores das grandes empresas. Apesar de seu Oscar conquistado a 2 anos atrás, é com esse filme que Clooney mostra que não é mais um canastrão que habitava a série de TV E.R, e muito menos o canastrão chefe da série Onze Homens e vários segredos, neste filme ele alcança uma maturidade na qual consegue realmente se destacar e fazer a platéia se convencer de que ele é um ator sério. Em meio à atuação digna de uma indicação ao Oscar deste ano, está uma trama complexa, uma trama na qual a platéia não pode piscar para não perder momentos importantes, o diretor e roteirista da trilogia Bourne, trabalha a espionagem de uma forma complexa, na qual temos que entrar de cabeça junto aos personagens. Diferente da trilogia Bourne, Tony Gilroy acaba às vezes falhando em relação uma boa amarração, transformando assim momentos bons do filme em momentos de tédio para a platéia que em certos momentos acaba dispersando sua atenção por não haver um clímax em cenas que poderia haver, o filme acaba tendo desníveis que acaba por se tornar monótono e fazer que 1 minuto seja 1 hora. Temos também em Conduta de risco duas grandes atuações além de Clooney que é da excelente Tilda Swinton, que conduz sua personagem a altura de Clooney.A cena na qual ela é desmascarada é um grande ápice e um momento raro no qual os espectadores conseguem não piscarem e esquecem do tédio proporcionado em vários momentos, temos também Tom Wilkinson , que tem ótimos momentos em suas cenas, ambos indicados ao Oscar de Coadjuvante. Apesar de tudo Conduta de Risco é um filme intrigante e extremamente inteligente, tem momentos ótimos graças aos três atores que conseguem fazer de pequenas cenas, grandes momentos, o filme tinha tudo para ser um excelente filme, mas algo falhou uma falha que não prejudica de todo o filme, mas que fez diferença perante a platéia.



Rubens de Farias


domingo, 10 de fevereiro de 2008

Desejo e Reparação (Atonement)



ING, 2008
Direção: Joe Wright
130 min

Ao começar a assitir ao longa Desejo e Reparação, pensei: "É isso! Tá ai um filme que me prendeu a atenção". A trama, o elenco, a trilha sonora e a fotografia são os principais responsáveis pelo filme ter essa cara de ganhador de Oscar.

Porém, o diretor Joe Wright peca nos cinco minutos finais, com uma cena que se passa nos dias atuais e mostra a protagonista dando uma explicação sobre o rumo da história. Como diz meu amigo e companheiro de blog, Rubens de Farias, "filme ruim sempre acaba nos dias atuais". Mas, creio que esse não seja o caso de Desejo e Reparação, em que os acertos cobrem os erros.

Os destaques vão para Saoirse Ronan, que faz a fase menina da personagem Briony Tallis e para James McAvoy (O Último Rei da Escócia), como o mocinho Robbie. A mocinha de Keira Knightley também está lá (com seu biquinho já conhecido pelo público).

Vale a pena assistir a Desejo e Reparação e se deixar levar pela confusão de uma menina de 13 anos que acaba por destruir os planos de vida de sua irmã.

Está indicado a 7 Oscars, incluindo os de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Saoirse Ronan) e Melhor Trilha Sonora Original.

A adaptação do best-seller Reparação, do inglês Ian McEwan, já faturou o Globo de Ouro de Melhor Filme do Ano e foi o grande vencedor do BAFTA, o "Oscar britânico".


Xenda Amici




Meu nome não é Johnny


BRA, 2008
Direção: Mauro Lima


Selton Mello. Nele se resume Meu nome não é Johnny, do diretor Mauro Lima (Tainá 1 e 2). O cara dá um show um qualquer produção que faz parte (se bem que, na minha opinião, seu auge foi no rejeitado O Cheiro do Ralo).

No papel de João Estrella, um jovem sem limites da classe média carioca, Selton dá um tom de comédia à uma história autobiográfica nada engraçada. O filme me lembrou Cazuza - O tempo não pára, só que sem a música. Aliás, esse é o ponto fraco do longa.

A música instrumental que embala o trailer e o início do filme, até que vai. Porém, a trilha do momento da prisão de João Estrella, foi mal escolhida.

Cléo Pires está bem como a namorada interesseira do protagonista. O ponto alto do filme é a parte da cadeia, que mostra o choque de Estrella com os outros prisioneiros. Uma cena engraçadinha é a que Estrella faz uma tradução simultânea para Alcides, vivido por Luis Miranda, que está muito divertido.

No geral, Meu nome não é Johnny é um filme que deu boa bilheteria, por combinar drogas e rock´n roll (sem o sexo), por ser um tema que atrai o interesse dos jovens brasileiros. Do mais, foi uma ótima oportunidade para Selton Mello se consolidar como um dos melhores atores do país e como o melhor, e mais versátil da atualidade.


Xenda Amici