quinta-feira, 24 de julho de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas



EUA, 2008
Título original: The Dark Knight
Aventura - 142 min
Direção: Christopher Nolan

Sinopse
Após dois anos desde o surgimento do Batman (Christian Bale), os criminosos de Gotham City têm muito o que temer. Com a ajuda do tenente James Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), Batman luta contra o crime organizado. Acuados com o combate, os chefes do crime aceitam a proposta feita pelo Coringa (Heath Ledger) e o contratam para combater o Homem-Morcego.

A fatídica morte de um ator do elenco meses antes da estréia do filme e uma campanha de marketing viral, que incluiu banners, com frases ditas pelos personagens da trama, espalhados pelas ruas dos EUA, fez com que Batman – O Cavaleiro das Trevas, faturasse mais de US$ 200 milhões no primeiro final de semana de exibição, e batesse o recorde de Homem-Aranha 3 (US$ 151 milhões).

A segunda sequência sob direção de Christopher Nolan (Amnésia, O Grande Truque) traz poucas referências a Batman Begins, já que este se encarrega de contar como o playboy Brune Wayne se tornou o justiceiro mascarado, protetor de Gothan City.

Ok! Vamos ao que interessa: Tamanho sucesso e popularidade do longa pode ser resumido em uma palavra: Coringa. Quem assistiu ao filme, com certeza tem arrepios só de ouvir falar este nome (ou ficou completamente hipnotizado e encantado pela maluquice fundamentada do personagem, como foi o meu caso).



Confesso que vi o filme duas vezes para assimilar melhor os detalhes da trama. Meu amor pelo Coringa de Heath Leager foi à primeira vista, mas fui conhecendo sua essência aos poucos. A anarquia e o sadismo do vilão casaram perfeitamente com os trejeitos, tom de voz e maquiagem escolhidos pelo ator, que pôde provar a todos, em seu último trabalho completo, sua genialidade.

Após a primeira aparição de Coringa, é inevitável conter a ansiedade de vê-lo novamente. As cenas em que ele não aparece são cheias de falatórios cansativos, como os travados entre o promotor candidato a herói, Harvey Dent (Aaron Eckhart) e o tenente James Gordon (Gary Oldman). Os veteranos Morgan Freeman, que interpreta Lucius Foz e Michael Caine, como o fiél mordomo Alfred, repetem os papéis vividos em Batman Begins e dispensam comentários.

E o Batman? Ah, o Batman está com um sério problema na garganta, que não sara até o fim do filme (sua voz exageradamente grave chega a irritar em alguns momentos). Christian Bale é um bom intérprete para o papel (é difícil fugir do estereótipo “playboy bonitão que quer salvar o mundo”.

Um outro problema do Batman é com as mocinhas de seus filmes. A sem-gracinha Katie Holmes interpretou a namoradinha do Homem-morcego em Batman Begins. Alegando agenda lotada, foi subtituída por Maggie Gyllenhall (nada contra a moça, só acho que ela não é apropriada para o papel).

Batman – O Cavaleiro das Trevas tem cenas de explosões e lutas para nenhum aficionado em adaptações de histórias em quadrinho botar defeito.

Why so serius?


Xenda Amici

Curtas


Musical Hairspray terá continuação

O filme Hairspray - Em Busca da Fama, adaptado do musical homônimo da Boradway, em reve ganhará uma sequência. A New Line Cinema contratou John Waters, criador do filme original, para escrever o tratamento de uma continuação.

Por enquanto, estão confirmados o diretor Adam Shankman, os produtores Craig Zadan e Neil Meron e os compositores Marc Shaiman e Scott Williams, que escreverão canções inéditas para o novo filme.

Já o elenco original ainda não está confirmado, pois o contrato de nenhum dos atores previa uma possível continuação. A intenção da Warner Bros é lançar o novo filme no verão de 2010.

Fonte: Variety


Brian de Palma tem novo projeto em vista

O veterano diretor Brian De Palma pretende rodar um longa-metragem sobre o assassinato de 13 mulheres em Massachussetts, entre 1962 e 1964, cujo autor ficou conhecido como o Estrangulador de Boston.

Na época os crimes foram atribuídos a Albert Henry DeSalvo, mas uma série de exames de DNA levantou a possibilidade de sua inocência. Ainda não há atores ligados ao projeto, nem previsão para o início de suas filmagens.

Fonte: O Globo


Segurando as Pontas estréia em outubro no Brasil

Um maconheiro certinho (Seth Rogen) e o seu chapado fornecedor (James Franco) presenciam um homicídio e terminam enrolados com uma gangue de traficantes. Essa é a história da comédia Pineapple Express – traduzida para o português como Segurando as Pontas, que tem previsão de chegar em outubro nos cinemas brasileiros.

A comédia é produzida por Judd Apatow (O Virgem de 40 anos, Ligeiramente Grávidos) e tem direção de David Gordon Green (Prova de amor, Contracorrente), estreante em comédias.

Texto adaptado do site www.omelete.com.br

terça-feira, 22 de julho de 2008

WALL-E


Wall – E

Título Original: Wall-E
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Direção: Andrew Stanton

Sinopse:
Cerca de 700 anos no futuro, a Terra está infestada por poluentes. Por isso, os humanos vivem numa nave que percorre a atmosfera do planeta. Um robô que vive na Terra coletando lixo se apaixona por uma máquina que está na companhia dos humanos, no espaço. Assim, ele sai numa jornada para se juntar a ela.

Como não poderia ser diferente das outras animações da Pixar (Os Incríveis, Procurando Nemo etc.), a inovação e criatividade estão presentes neste encantador filme que retrata o amor e a natureza de uma forma tão simples que não precisa nem de diálogos.

O que acontece em Wall-E é difícil de explicar: o filme, de extremo bom gosto, coloca esta animação como uma das melhores do estúdio. A “fofura” e o encanto nos toma em grandes proporções e nos fazem sentir como crianças ao viajar junto com o encantador personagem. Solitário, Wall-E tem a companhia de uma baratinha simpática -que é quase um cachorrinho de estimação - e dos filmes nostálgicos em ele descobre o que são sentimentos. Chega a dar dó da solidão do pobre robozinho que coleciona objetos dos humanos.

O filme passa quase uma hora sem falas, somente com ruídos do robozinho, que faz até os mais durões se dobrarem com seu amor pela robô Eva, uma robô mandada pelos humanos para Terra para encontrar alguma forma de vida, no planeta que está devastado. Eva é a típica mulher durona, que faz lembrar as personagens de Angelina Jolie. Os dois vivem um romance quase infantil e mágico na primeira parte do longa.

Na segunda parte, o filme ganha um novo ritmo de aventura, em que eles têm que proteger uma planta, para assim os humanos voltarem a sua casa. Humanos obesos, e persuadidos pela comodidade de não fazer absolutamente nada.



Wall- E é na medida certa. A Pixar apresenta sempre uma temática infantil para adultos, uma fórmula que faz com que ela seja o melhor estúdio do gênero. A historia de amor e de consciência ecológica faz com que Wall-E seja um filme para se levar a sério, e não ser tratado como apenas uma animação para crianças. Wall-E é uma obra- prima e é quase o 2001- Uma Odisséia no Espaço em versão “fofa” e animada. Destaque também para a trilha sonora original, que tem um toque de Brasil.

Rubens de Farias

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Na Natureza Selvagem


EUA, 2007
Título Original: Into the Wild
Drama - 140 minutos
Direção: Sean Penn


Sinopse
Início da década de 90. Christopher McCandless (Emile Hirsch) é um jovem recém-formado, que decide viajar sem rumo pelos Estados Unidos em busca da liberdade. Durante sua jornada pela Dakota do Sul, Arizona e Califórnia ele conhece pessoas que mudam sua vida, assim como sua presença também modifica as delas. Até que, após 2 anos na estrada, Christopher decide fazer a maior das viagens e partir rumo ao Alasca.

História envolvente + direção impecável + ótima fotografia + trilha sonora composta sob medida = obra-prima.

O ator, diretor e presidente do júri do último Festival de Cannes, Sean Penn, deu um tiro certeiro quando decidiu dirigir este projeto, e o executou cautelosamente: Penn esperou 10 anos para rodar a história verídica do jovem Christopher McCandless, relatada no livro Na Natureza Selvagem, escrito por Jon Krakauer, pois queria a aprovação total da família McCandless. Essa espera foi, provavelmente, a responsável pelo amadurecimento da idéia.

O esforço do jovem ator “queridinho da América”, Emile Hirch, deve ser destacado. Hirch emagreceu 18 quilos para viver o aventureiro Christopher - que usa o codnome Alexander Supertramp - e fez questão de não usar dublê nas cenas mais perigosas, como as de escalada e rafting.




Muitos closes e planos detalhes são usados, mostrando assim, elementos inusitados de cada cena. Acerto também na escolha da ordem cronológica em que a história é contada, pois facilita o entendimento de cada fase passada pelo personagem.

Grande injustiçado do Oscar, Na Natureza Selvagem é, para mim, e para outros tantos jovens que se identificaram com as andanças de McCandless, um road movie inspirador e cheio de poesia. Para ser visto e revisto quantas vezes for preciso.

Está no seleto hall dos filmes que te passam sensações e te fazem refletir, ainda mais se vc for jovem e pensar: "Foda-se tudo. Vou botar uma mochila nas costas e conhecer o mundo!" Experiência própria.

obs.: Recomendo a trilha sonora, toda composta e cantada por Eddie Vedder (Pearl Jam)
Download da trilha: http://rapidshare.com/files/89697506/Eddie_Vedder_-_Into_The_Wild_OST.rar.html

Xenda Amici

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cinturão Vermelho



Cinturão Vermelho

Título Original: Redbelt
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 99 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Direção: David Mamet

Sinopse
Mike Terry (Chiwetel Ejiofor) é um professor de jiu-jitsu que evitou o circuito de premiação, preferindo cuidar de uma academia de defesa pessoal e seguir o código de um samurai. Ele e sua esposa Sandra (Alice Braga) lutam para manter o negócio em funcionamento, mesmo que renda o mínimo possível. Até que um acidente do lado de fora da academia, entre o oficial de folga Joe Collins (Max Martini) e a advogada Laura Black (Emilly Mortimer), provoca uma grande mudança na vida de Mike.

David Mamet é um grande cineasta, que tem métodos bem diferentes de preparação de elenco, lançou alguns livros e lança, de vez em quando, um filme que sempre gera algum burburinho. Desta vez, Mamet entrou no mundo do jiu-jitsu, em especial pelos métodos desta luta no Brasil. Na trama principal, deparamos com o Brasil em destaque como uma grande potência em ensinamentos para este esporte. Ao vermos o título do filme, imaginamos cenas de ação com direito a membros quebrados e etc. Só que aí que Mamet nos surpreende, ele acaba inserindo o drama em uma trama que gira em torno de um esporte violento. O filme tem alguns elementos surpresa, que em certos momentos, acaba nos irritando. Depois de alguns eventos no início o filme, acaba se tornando parecido com uma novela da Globo, em que cada capitúlo uma surpresa é desvendada, surpresas que chegam a ser descartáveis, enfraquecendo o filme. Filme que tem como seus pontos altos as atuações do grande elenco de astros, dando destaque à brasileira Alice Braga, que faz o publico adorá-la e depois odiá-la. Emilly Mortimer também tem ótimos momentos no filme interpretando uma advogada com traumas e viciada em remédios. Chiwetel Ejiofor, o mocinho da hístoria, é tão mocinho que chega a ser tão chato, como os do Fábio Assunção. É um personagem que irrita de tanta perfeição. Os outros coadjuvantes só estão ali para dar um apoio à trama, assim sendo deixados pra lá em certos momentos.
Rodrigo Santoro, que interpreta o irmão de Alice Braga, faz um personagem que pouco é explorado, um vilão que, quando começa a ser vilão de verdade, o filme termina.
O filme não é ruim, mas também não é uma obra prima. Vale a pena ver pelos nossos atores que, por incrível que pareça, estão mais em destaque que os demais.
Cinturão Vermelho parece aqueles episódios especiais: dá pra ver, é divertido, mas não nos passa nada.

Por: Rubens de Farias
rubensdefarias@hotmail.com

O Incrível Hulk





O Incrível Hulk

Título Original: The Incredible Hulk
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 114 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Direção: Louis Leterrier

Sinopse
Vivendo escondido e longe de Betty Ross (Liv Tyler), a mulher que ama, o cientista Bruce Banner (Edward Norton) busca um meio de retirar a radiação gama que está em seu sangue. Ao mesmo tempo ele precisa fugir da perseguição do general Ross (William Hurt), seu grande inimigo, e da máquina militar que tenta capturá-lo, na intenção de explorar o poder que faz com que Banner se transforme no Hulk.

Passando uma borracha no desastroso filme de 2003, dirigido por Ang Lee, O Incrível Hulk, traz os elementos necessários para esquecer o filme anterior. Assim como Batman, que ganhou uma nova franquia, devemos encarar o filme do “verdão” como um novo filme, mas retratando o mesmo herói/vilão.
Com um tom sombrio, o filme foca a luta interna de Bruce Banner em vencer o seu legado, que nada mais é que sua maldição. Isso tudo é aliado às cenas de ação, que são colocadas em momentos chave, assim dosando os momentos sem deixar que o equilíbrio entre o drama, a ação e o suspense seja quebrado.
Ao começar o filme, temos a sensação de que se trata de um filme policial. As cenas rodadas na favela da Rocinha fazem com que o filme ganhe uma cara de Blockbuster sério, que consegue arrancar aquela sensação de estar vendo um grande filme de ação. Fato que acaba se tornando talvez o grande vilão do filme, já que Hulk acaba se tornando coadjuvante da história. Um coadjuvante que não faz o filme perder, mas sim um tempero a trama, trama que está mais adulta, digna do tamanho de Hulk.
Edward Norton, que sem dúvida é um dos melhores de sua geração, dá um tom ao seu personagem, de homem sofrido, que luta contra seu monstro interior, que faz com que tudo que ele conquistou seja jogado fora, por exemplo, o grande amor de sua vida Betty, interpretada pela belíssima Liv Tyler, que faz seu “arroz com feijão” bem temperado, sem exageros e sem o jeito sofrido que a também belíssima e talentosa Jennifer Conelly fez em 2003. Liv faz com que sua personagem seja humana e entre na luta junto com seu grande amor Banner. Não posso deixar de citar o mestre Tim Roth, o vilão da historia, que apesar de seu personagem não ter grandes momentos, faz com que cada aparição sua seja digna de seu talento. Willian Hurt vive pai de Betty, este que como sempre está em forma e manda bem como o outro vilão principal da história.
Em resumo, O Incrível Hulk, repara os erros do filme anterior: com menos clichês, menos efeitos especiais exagerados, menos atuações exageradas e caricatas. Neste filme, vemos atores na medida certa, cenas de ação melhores executadas, diálogos mais consistentes. Destacando as cenas no Brasil e a transformação do “verdão”.
Huck é um bom filme de super-herói. Mas, como nem tudo são flores, o filme só peca pelo final que tem uma participação do astro do momento Robert Downey Jr. Participação desnecessária, que terá que ser bem explicada em uma futura continuação.

Por: Rubens de Farias
rubensdefarias@hotmail.com

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

JUNO (2008)


JUNO(2007)

direção: Jason Reitman

98 minutos
gênero: Comédia/Drama

Distribuidora: Paris Filmes

Sinopse: Uma adolescente decide ter o bebê que espera e dá-lo a um casal que tenha condições de criá-lo, já que não se considera em condições de ser uma boa mãe.


Não só de drama vive a sétima arte, não só de hístorias banais e blockbusters se resume o entertenimento.
Juno é uma menina, na qual, podemos dizer que já conhecemos ou ouvimos falar, uma menina que no auge de seus 16 anos acaba engravidando de um amigo nerd, estas coisas que parecem fatos de episódios de "Você Decide" é a doce formula de Juno.
É com uma sutileza sem igual que a estreante em roteiros: Diablo Cody mostra os dramas e as aventuras de uma menina que sofre de uma crise de personalidade, de uma maneira apaixonante e carismática, que acaba nos fazendo ficar apaixonados por aquela menina que mesmo querendo dar seu filho apelidado de "coisa" se torna uma menina adoravel.Com a direção Jason Reitman que dirigiu o bom "Obrigado por Fumar", o filme mescla as medidas certas para assim não se transformar em um "melô drama" ou um filme de comédia sem fundamento( entre tantos outros) o filme tem sua medida e tempo certo, no qual os acontecimentos vão acontecendo sem pressa, não atropelando assim a hístoria.
Dentro de uma hístoria fascinante existe uma atriz fascinante, Ellen Page já deu mostra que é uma das maiores promessas dessa geração, uma prova disso foi o ótimo "Menina Má.com" sua interpretação madura é um grande prêmio ao filme, a alma de Juno está completamente na pele de Ellen,que merecidamente está este ano como uma das indicadas ao Oscar, além de Ellen Page, Jennifer Garner tem momentos bons no filme como uma mulher rica e infeliz que quer a "coisa", quer dizer, o filho de Juno, Garner mostra que não é só de porradas que entende mais sim de interpretações sólidas. Os coadjuvantes do filme são tão carismaticos quanto Ellen, eles dão o suporte suficiênte para que a grande estrela de Ellen brilhe.

O filme é um dos melhores desta safra de 2007/2008, lembra em certos momentos o humor sutíl de Pequena Miss Sunshine. Se ganhará algum Oscar? Provalvelmente de roteiro.

Juno vale cada centavo do ingresso!


Indicado a 4 Oscar

-Melhor Filme

-Melhor Diretor

-Melhor Atriz (Ellen Page)

-Melhor Roteiro Original



Rubens de Farias

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Conduta de Risco (Michael Clayton)

Direção: Tony Gilroy

Elenco: George Clooney, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Sydney Pollack, Pamela Gray

Título Original: Michael Clayton

Gênero: Policial/Suspense/Drama


Sinopse: Após um fracassado negócio, uma crescente dívida no banco e um complicado divórcio, Michael Clayton (George Clooney) esta com sua vida pessoal completamente abalada, e também tem que encarar o fato de que se tornou aquilo que sempre desprezou: Michael é um advogado especialista em limpar as sujeiras de seus poderosos clientes. Quando um novo processo multimilionário surge, ele mais uma vez terá que acobertar a verdade para garantir os interesses dos outros. Em apenas 4 dias, que ele verá na sua frente a sua última chande de lutar pela verdade, mesmo que isso signifique colocar a sua vida em risco.


George Clooney, ganhou o Oscar em 2005, pelo seu personagem em Syriana, no qual era um homem duplo que até os momentos finais ficamos na dúvida que lado ele joga, isso se repete em Conduta de Rico,Clooney desta vez está na pele de Michael Clayton um homem que é um faxineiro em meio a toda podridão dos bastidores das grandes empresas. Apesar de seu Oscar conquistado a 2 anos atrás, é com esse filme que Clooney mostra que não é mais um canastrão que habitava a série de TV E.R, e muito menos o canastrão chefe da série Onze Homens e vários segredos, neste filme ele alcança uma maturidade na qual consegue realmente se destacar e fazer a platéia se convencer de que ele é um ator sério. Em meio à atuação digna de uma indicação ao Oscar deste ano, está uma trama complexa, uma trama na qual a platéia não pode piscar para não perder momentos importantes, o diretor e roteirista da trilogia Bourne, trabalha a espionagem de uma forma complexa, na qual temos que entrar de cabeça junto aos personagens. Diferente da trilogia Bourne, Tony Gilroy acaba às vezes falhando em relação uma boa amarração, transformando assim momentos bons do filme em momentos de tédio para a platéia que em certos momentos acaba dispersando sua atenção por não haver um clímax em cenas que poderia haver, o filme acaba tendo desníveis que acaba por se tornar monótono e fazer que 1 minuto seja 1 hora. Temos também em Conduta de risco duas grandes atuações além de Clooney que é da excelente Tilda Swinton, que conduz sua personagem a altura de Clooney.A cena na qual ela é desmascarada é um grande ápice e um momento raro no qual os espectadores conseguem não piscarem e esquecem do tédio proporcionado em vários momentos, temos também Tom Wilkinson , que tem ótimos momentos em suas cenas, ambos indicados ao Oscar de Coadjuvante. Apesar de tudo Conduta de Risco é um filme intrigante e extremamente inteligente, tem momentos ótimos graças aos três atores que conseguem fazer de pequenas cenas, grandes momentos, o filme tinha tudo para ser um excelente filme, mas algo falhou uma falha que não prejudica de todo o filme, mas que fez diferença perante a platéia.



Rubens de Farias


domingo, 10 de fevereiro de 2008

Desejo e Reparação (Atonement)



ING, 2008
Direção: Joe Wright
130 min

Ao começar a assitir ao longa Desejo e Reparação, pensei: "É isso! Tá ai um filme que me prendeu a atenção". A trama, o elenco, a trilha sonora e a fotografia são os principais responsáveis pelo filme ter essa cara de ganhador de Oscar.

Porém, o diretor Joe Wright peca nos cinco minutos finais, com uma cena que se passa nos dias atuais e mostra a protagonista dando uma explicação sobre o rumo da história. Como diz meu amigo e companheiro de blog, Rubens de Farias, "filme ruim sempre acaba nos dias atuais". Mas, creio que esse não seja o caso de Desejo e Reparação, em que os acertos cobrem os erros.

Os destaques vão para Saoirse Ronan, que faz a fase menina da personagem Briony Tallis e para James McAvoy (O Último Rei da Escócia), como o mocinho Robbie. A mocinha de Keira Knightley também está lá (com seu biquinho já conhecido pelo público).

Vale a pena assistir a Desejo e Reparação e se deixar levar pela confusão de uma menina de 13 anos que acaba por destruir os planos de vida de sua irmã.

Está indicado a 7 Oscars, incluindo os de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Saoirse Ronan) e Melhor Trilha Sonora Original.

A adaptação do best-seller Reparação, do inglês Ian McEwan, já faturou o Globo de Ouro de Melhor Filme do Ano e foi o grande vencedor do BAFTA, o "Oscar britânico".


Xenda Amici




Meu nome não é Johnny


BRA, 2008
Direção: Mauro Lima


Selton Mello. Nele se resume Meu nome não é Johnny, do diretor Mauro Lima (Tainá 1 e 2). O cara dá um show um qualquer produção que faz parte (se bem que, na minha opinião, seu auge foi no rejeitado O Cheiro do Ralo).

No papel de João Estrella, um jovem sem limites da classe média carioca, Selton dá um tom de comédia à uma história autobiográfica nada engraçada. O filme me lembrou Cazuza - O tempo não pára, só que sem a música. Aliás, esse é o ponto fraco do longa.

A música instrumental que embala o trailer e o início do filme, até que vai. Porém, a trilha do momento da prisão de João Estrella, foi mal escolhida.

Cléo Pires está bem como a namorada interesseira do protagonista. O ponto alto do filme é a parte da cadeia, que mostra o choque de Estrella com os outros prisioneiros. Uma cena engraçadinha é a que Estrella faz uma tradução simultânea para Alcides, vivido por Luis Miranda, que está muito divertido.

No geral, Meu nome não é Johnny é um filme que deu boa bilheteria, por combinar drogas e rock´n roll (sem o sexo), por ser um tema que atrai o interesse dos jovens brasileiros. Do mais, foi uma ótima oportunidade para Selton Mello se consolidar como um dos melhores atores do país e como o melhor, e mais versátil da atualidade.


Xenda Amici